TDAH

O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico que afeta a capacidade de manter a atenção, controlar impulsos e regular o comportamento de acordo com a idade ou contexto. Embora seja mais comumente diagnosticado na infância, o TDAH pode persistir na vida adulta, impactando a escola, o trabalho e os relacionamentos. Ele não é apenas uma questão de "falta de vontade" – está relacionado a diferenças no funcionamento do cérebro, especialmente em áreas responsáveis pela atenção e autorregulação.
Sintomas
O TDAH pode se apresentar de três formas: predominante desatento, predominante hiperativo-impulsivo ou combinado. Os sintomas variam, mas os principais incluem:
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Desatenção:Dificuldade em manter o foco em tarefas, distração frequente, esquecimento de compromissos ou perda de objetos do dia a dia (como chaves ou materiais escolares).
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Hiperatividade:Inquietação constante, dificuldade em ficar parado ou quieto, falar excessivamente ou mexer-se em momentos inadequados (mais comum em crianças).
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Impulsividade:Agir sem pensar nas consequências, interromper os outros, dificuldade em esperar a vez ou tomar decisões precipitadas.
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Desorganização:Problemas para planejar tarefas, gerenciar o tempo ou completar projetos, mesmo com esforço.
Esses sintomas devem estar presentes por pelo menos seis meses, aparecer antes dos 12 anos e causar prejuízo em mais de um ambiente (como casa, escola ou trabalho) para que o diagnóstico seja considerado.
Curso da doença
O TDAH é um transtorno crônico, mas seus sintomas podem mudar com o tempo. Na infância, a hiperatividade costuma ser mais evidente, enquanto na adolescência e vida adulta a desatenção e a impulsividade podem se destacar mais. Fatores genéticos têm forte influência no TDAH, e ele frequentemente ocorre em famílias. Sem tratamento, pode levar a dificuldades acadêmicas, baixa autoestima, problemas no trabalho ou conflitos interpessoais. Além disso, o TDAH pode coexistir com outros transtornos, como ansiedade ou depressão.
Tratamento
O TDAH é manejável com uma abordagem multimodal, adaptada às necessidades de cada pessoa:
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Medicação: Estimulantes são frequentemente usados para melhorar a concentração e reduzir a impulsividade. Alternativas não estimulantes também existem. O uso deve ser prescrito e monitorado por médico psiquiatra.
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Psicoterapia: A terapia cognitivo-comportamental (TCC) ajuda a desenvolver habilidades de organização, controle de impulsos e estratégias para lidar com emoções.
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Treinamento comportamental: Em crianças, envolve pais e professores para reforçar comportamentos positivos e criar rotinas estruturadas.
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Apoio educacional: Adaptações na escola, como mais tempo para provas, podem fazer diferença.
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Estilo de vida: Sono regular, exercícios físicos e alimentação equilibrada ajudam a reduzir os sintomas.
Orientação aos pacientes
Se você ou alguém próximo suspeita de TDAH, agende uma consulta com nosso médico psiquiatra para uma avaliação detalhada. O diagnóstico exige uma análise cuidadosa, pois os sintomas podem ser confundidos com outros problemas. Não se sinta culpado ou envergonhado – o TDAH é uma condição médica, não um defeito pessoal. Estabeleça rotinas simples, use lembretes e peça ajuda quando necessário. Para pais, paciência e apoio são fundamentais. Com o tratamento certo, é possível conviver bem com o TDAH e aproveitar seus pontos fortes, como criatividade e energia.